Se o tempo não cura, quem sou eu pra tentar curar alguém de outro alguém?
Olha, meu bem, as vezes o mundo é nós dois, as vezes o mundo é ninguém.
Tem gente no mundo com rimas melhores que as minhas e desculpas melhores que as suas.
Olha, nenem, assim você me cansa, assim você me perde, assim você me ganha, assim a gente se esquece.
O humor, cê sabe né, dá pra acompanhar pelo calendário.
Se sentir saudades sabe aonde me encontrar. É bem perto de você.
Ah, também gosto de cartas.

Beijos

Achados

Eu disse que te amava?
Disse não, querido.
Limpe os ouvidos.

Enfim, nós. E a Claudinha


"Foram quatro horas e cinqüenta minutos ao meu lado. E ele vai embora feliz da vida achando que conheceu alguém legal. Foram menos de cinco horas e me dá certa pena pensar nos próximos dias, meses. Talvez anos, se ele for algum tipo de corajoso, algum tipo de masoquista.
Eu consegui, por hoje deu tudo certo. Fui inteligente e carinhosa durante o cinema. Depois fui engraçada e um pouco mais carinhosa durante o jantar. Na minha casa eu segui conseguindo, conseguindo ser alguém com quem se quer passar um feriado em Buenos Aires.
Mas tenho certa pena do dia de hoje, tenho certa pena de como esse dia corretinho, linear e brilhante pode ser corroído pelas chuvas, calores e sujeiras. E acabar como algo disforme, fosco e fraco.
Eu queria que você soubesse, meu amor, que sou dessas loucas. Dessas loucas que vai te chamar de meu amor, mesmo você estando na minha vida há apenas uma semana. Dessas loucas que vai querer te matar só de pensar que, talvez, daqui cinco anos, você me troque pela Claudinha, uma menina mais nova e sem as minhas manias insuportáveis que você ainda não conhece.
E aí, mesmo eu te conhecendo há apenas uma semana,
vou te odiar pelo que vou sofrer daqui a cinco anos. E vou te odiar, sobretudo, porque daqui uma semana, quando você se apaixonar pelas minhas manias insuportáveis, eu vou acreditar que você nunca vai enjoar delas. Eu sou dessas malas sem alça que vai ter ciúme dos seus amigos, dessas pessoas maravilhosas que te conhecem há muito mais tempo que eu. Essas pessoas maravilhosas que serão as primeiras a saber, daqui cinco anos, que você está comendo a vaca da Claudinha. Aliás, eles que vão te apresentar a vaca da Claudinha.
Só de pensar nessa puta da Claudinha, sabe o que eu fiz assim que você saiu da minha casa ontem? Eu liguei para o Pedro. Depois para o Ricardo. Depois para o Fábio. E deixei todos de sobreaviso: ando super carinhosa, gatos.
No fundo, no fundo, não tenho a menor vontade de ser carinhosa com nenhum deles.
Mas sou dessas idiotas covardes que quando percebem que estão gostando de alguém, resolvem gostar de vários. Só para banalizar o sentimento. Só para descentralizar a renda. Olha eu, fazendo piadinha meio de esquerda... olha eu, escrevendo meio parecido com você e dando nomes para personagens. Eu sei que gosto de alguém quando esqueço de não gostar tanto de mim. E eu gosto de você, mesmo sabendo que você gosta de mim por pouco tempo.
Ai amor, amorzinho, amoreco, moreco. Eu odeio esses carinhos, odeio. Mas falo todos eles baixinho antes de dormir, para o espaço ao lado da cama que ninguém ocupa. E eu sou um pouco mais estranha do que ser estranha permite. Sou estranha além do charme de ser estranha. Eu sou daquele tipo bizarro, que eu nem sei direito se existe, que vai te acordar, daqui a algumas semanas, chorando como se tivesse te perdido para sempre, ainda que você nem saiba direito se fez bem ou não em dormir, logo assim de cara, na minha casa.
Eu sou sempre cinco anos na frente, eu já começo sofrendo com o fim, eu já tiro a roupa com o gosto meio vazio de resgatar as peças pelos cantos depois. Eu vivo o luto de tudo, antes mesmo de comprar uma roupa colorida pra curtir que você foi embora ontem, lá de casa, querendo voltar. Eu sei que você quer voltar. E eu sei que serei muito feliz por cinco anos, até a puta da Claudinha aparecer. Aquela vaca.
Pensa bem, meu amor, pensa bem. Eu sou daquele tipinho baixo de mulher. Daquele tipinho que rouba o seu celular enquanto você faz seu xixi feliz da vida, achando que conheceu alguém legal.
Eu sou daquele tipinho raso, que vai xeretar seu orkut, tentando descobrir o que sua ex tinha que te fez demorar tanto para aparecer na minha vida. E vou odiar toda a sua história, e vou odiar que seus amigos sejam amigos da sua ex, e vou odiar que seus amigos vão adorar contar suas histórias do passado. E vou ficar quietinha, perdida, no canto da mesa. Querendo ligar pro Ricardo, pro Fábio e pro Pedro.
Não que eles sejam melhores do que você, porque não são. Mas eu preciso fugir de você ser tão legal
. Porque você é definitivamente muito legal, tão legal que não vai agüentar e me largar daqui cinco anos. Inebriado pela mente menos complexa, pelo peito menos angustiado e pela bunda mais dura. Da Claudinha, claro. Sempre ela.
Ainda dá tempo. Ainda dá tempo de você se libertar do meu cheiro de manga, que você gosta tanto. Ainda dá tempo de se libertar da minha neura de contar as coisas e de não encontrar razão para haver um pão pullman na fruteira. Agora tem graça, mas imagina esse mesmo cheiro de manga e essa mesma conta que soma o mundo sem nunca subtrair nenhuma tristeza daqui cinco anos? Cai fora, irmão. Cai fora.
Não demora muito para eu começar a competir com você. E querer ser melhor que você. E querer isso justamente para que você nunca deixe de me admirar. Mas eu, mais uma vez, sem ter medida de nada, vou te sufocar com meu saquinho furado. Meu saquinho onde todo e qualquer amor ainda é pouco. Porque meu vazio é imenso.
Já imaginou só? Já imaginou quando algum amigo seu apontar e falar: quem é aquela louca ali, berrando no meio da festa e pegando um táxi? E você vai ter de voltar sem graça, e explicar: ela se irritou porque eu peguei a última água com gás sem perguntar se ela queria.
É isso o que você quer para a sua vida? É isso? Uma mulher que bebe refrigerante quente em pleno verão do Nordeste receosa pela procedência do gelo? Uma mulher que tem mais medo de vomitar do que de paraglider? Uma namoradinha meiga que a qualquer momento pode soltar 345 palavrões no seu ouvido só porque você tem mais coisa pra fazer da vida do que me idolatrar?
Combinado, então? Você vai ler agora esse texto, ficar meio tristinho, afinal de contas não é todo dia que se perde uma mulher como eu, mas vai ser forte e terminar tudo. Terminar tudo e ir logo de uma vez conhecer a puta da Claudinha. Essa vaca.
E aí, daqui uns cinco anos, quando você descobrir que mulher é tudo a mesma coisa, quando você estiver enjoado das manias insuportáveis da Claudinha, quem sabe algum amigo seu não me apresente a você. E quem sabe a gente não é feliz pra sempre?
"


Tati Bernardi

Vale a pena ser de novo.



Não me interessa.
Desanimada, cansada.
Iludida.
Amada, será?

Morrendo de vontade de ficar aninhada nos seus braços. Quentinha não rima. Contando os pelos do seu rosto e me perguntando porque meus dentes não te deixam marcas.
E aqui agora, sozinha. Tentando não parecer ciumenta. Não parecer burra.
E tentando fazer com que esses textos não se pareçam com o que de verdade são.
Nem que pareçam idiotas.

Pareço desesperada?
Esses dias dormi abraçada com a bolsa de água quente. Quentinha.

É só pra você rir.

Gosto muito de você.
Não sei se você tá vendo, esse é o último pedaço de mim que acredita em você. Acho que não dá pra ver, é bem pequeno. É a única parte de mim que ainda treme quando te vê. É o único que você ainda não estragou.
Mas, em menos de 5 minutos, antes mesmo de eu ter deixado você voltar, já caga em tudo, pisa em cima e sai sujando o chão. Obrigada por me fazer lembrar o quanto você devia ser ninguém.
Não importa o que aconteça, é sempre uma parte de mim que vai embora.
Desculpa por tudo. Mesmo. De antes, de agora. O que eu fizer depois.
Foi a melhor pessoa que eu podia ter encontrado. Mas. Tudo tem um mas.
Não leve tudo de você. Deixa um pouquinho.

Obrigada por existir.

desculpa
Vamos recapitular, ok?
Esqueça tudo que foi dito. O que foi escrito aqui, o que leu.
Não tem nada aqui dentro pra você.

Hoje não é um bom dia.
Parei de te comer com o coração. Será que você fica inteiro meu?
Me fazendo de difícil pra você perceber minha carência. Será que diz que me ama?
O mundo vai ser nós dois. Mas não agora.

A espera

Atrás da pista tem um bar e atrás do bar tem um sofá. Estou sentada nesse sofá. Aguardo ansiosa por algo, olho as horas no celular, checo o e-mail pelo Iphone, reclamo com minha amiga "tá demorando". Ela me pergunta se é o show, se é a menina passar com a comida. O que é? Não sei. Mas tá demorando. Em cima do bar, no teto, tem um daqueles globos que sempre tem. Olho pro globo e penso que estou uma eternidade sentada naquele sofá. Mais de trinta anos? Descanso os cotovelos nos joelhos e me arrependo, enquanto todos querem ver e ser vistos, eu fico nessa posição feia de vaso sanitário. Minha amiga vai fumar. Eu me animo "já tenho pra onde ir". Eu não fumo, eu odeio cigarro, eu odeio atravessar a festa inteira pra chegar até lá fora, eu odeio a amizade instantânea das rodinhas de fumantes que não se conhecem, eu odeio festas em geral, eu odeio papos de festa, eu odeio conhecer gente que não tem nada a ver comigo, e sorrir para os papos mais furados do mundo. Mas eu já tenho pra onde ir. E vou. E ao chegar lá fora, continuo achando que está demorando. Sinto falta do sofá agora. Mas quando minha amiga acabar o cigarro, eu já terei novamente pra onde ir. E assim uma festa chata me lembra muito a vida. A eterna oscilação entre ir lá fora ver e voltar pro sofá, sempre só pra ter pra onde ir. Chegou agora um ex amor. Ele entra com sua esposa. Ele me abraça enquanto ela segue em frente sem olhar pra trás. Faz aí uns 3 ou 4 anos que não damos um abraço. A gente sempre fugia das festas pra fazer sacanagem no carro dele. Não sinto saudade. Passou, faz tempo, não sinto nada. Nada. Talvez só sinta mais claro o que eu já sentia antes. Antes de sair de casa. Antes de ficar indo do fumódromo pro sofá e vice-versa. Eu só sinto agora, com esse abraço que não me fez sentir nada, com mais clareza, o que eu já sentia antes e muito antes de antes. Eu sinto que está demorando. Eu olho de novo no celular. Eu posso ir ao banheiro e isso já é um lugar para ir. Me animo. Não, não me animo. Tudo me deprime. Eu ficar chupando a barriga pra dentro pra esconder que tenho um pouquinho de pança, eu ficar me equilibrando no salto, eu ficar fazendo minha cara de "não encosta em mim". Tudo me deprime. As pessoas falando de trabalho, as pessoas forçando falar qualquer absurdo só porque o óbvio seria falar de trabalho. E principalmente: o grupinho de moças muito altas e muito loiras que não trabalham mas estão lá porque estar nesses lugares é o trabalho delas. Tudo é tão chato mas eu fiz cabelo e maquiagem. Antes da meia noite não dá pra ir embora. Preciso me gastar um pouco pra não dormir tão antes de tudo dar errado. Eu sei, eu deveria beber. Mas pra quê? Pra achar essas pessoas legais? Pra suportar o insuportável? Sou cínica demais pra dar esse gostinho ao mundo. E eis que adentra à festa o rapaz que, não faz nem uma semana, me pedia que eu não fosse ainda, só mais um pouquinho, espera amanhecer, porque, depois, você sabe, dá tanto sono. De mãos dadas com a moça que vive dando entrevista dizendo que eles se comem mesmo, o tempo todo. E isso não me dói em nada. Foi só um moço muito bonito que durou uma semana. Mas ele também reforça meu pé inquieto batendo ritmadamente: será que demora? Não sei. Não, não demora mais. Olho pra porta e ele acabou de chegar. Eu fui na festa por causa dele. Então era isso, eu tava esperando o tal do moço que me convidou pra festa. E então ele fala comigo e encosta um pouco em mim e eu penso em ser muito honesta. Olha, fulano, eu acho tudo isso um saco, sabe? Eu odeio a cordialidade dos bichos. Todo mundo se elogia, fala de trabalho, conhece gente, faz piadinha ruim. Mas tá todo mundo pensando o que vai ter pra comer e também pra comer. Eu vim aqui porque, sei lá, desde que te vi na reunião e eram oito da noite e você estava muito cansado mas, mesmo assim, você estava muito cheiroso e falou coisas muito inteligentes, eu fiquei a fim de te beijar na boca. Então, dá pra pedir pra esse bando de amigo chato, que fica puxando seu saco, desaparecer do mapa? A menina com a perna gorda pode, por favor, nos deixar em paz? Você pode, por favor, parar de mexer no cabelo da minha amiga e parar de dar risadinha no ouvido dela e sumir daqui comigo? Não, ele não pode. Ele não é a resposta. Ah, Tati. Você deveria saber. Eles nunca são a resposta. Nunca foram. Que é que você quer? Por que você olha tanto pro celular? Existe alguém no mundo, nesse momento, que poderia te ligar agora e te deixar feliz? Não. Ninguém é a resposta. Nem o sofá, nem a festa, nem ficar em casa, nem a água com gás, nem olhar com nojo para o grupo de piriguetes vips que não prestam pra nada a não ser frequentar festas para sair em revistas e angariar empresários. Finalmente já tenho o que esperar: o carro. Finalmente já tenho o que fazer: ir embora. Na verdade a única coisa que estou sempre esperando e querendo é ir embora. De todos os lugares, de todas as pessoas. Eu não estou esperando nada a não ser o tempo todo sair de onde eu estou.

Sempre Tati Bernardi
Eu não tenho mais tempo para ser aquela pessoa certa na tua hora errada.

Sobre quando se faz planos

ou sobre quando as coisas não se realizam, quase a mesma coisa.
Sabe o que tenho guardado em um bloco qualquer? Um monte de trechos de coisas que fazem chorar. E em dias como esse, em que o dia é bonito, tediante e domingo, em que a felicidade que eu sinto é estranha. Em que eu atravessaria o mar andando, andando, se você morasse na china. Dai eu leio, porque são as coisas que eu queria te falar mas não tenho coragem, falar de sexo é mais fácil.



E se o meu coração bate, não é por amor é por medo.
Não acredito nem no teu suspiro, mas sempre o meu coração dispara. E quero que meu coração seja falso também. E não gosto de ter que esperar você virar as costas pra poder rir do seu ataque de ciúmes por todas as minhas mentiras.



E se eu te amasse na quarta. Não te amarei na quinta. Isto pode ser verdadeiro. Porque você reclama? Te amei na quarta sim, e daí? Edna Vicent Millay
Oi, eu sempre faço merda.


Não concorde, caralho.


Fica a dúvida: sou idiota ou me faço?
Eu cresci um pouquinho e me tornei idiota. Agora devo ter mais esperanças do que o povo do Japão. Sou meio tonta assim mesmo, mas eu não era. Quem foi que roubou meu amor próprio, hein? QUAL DELES?
Não foi tão ruim como eu achei que seria. Mas foi ruim. As pessoas morrem sabia? As vezes sem sangue. As vezes com dor. Mas elas morrem.
To botando minhas esperanças em que você morra. De verdade, não figuradamente.

Eu to querendo mesmo ir .E eu to querendo mesmo você. Mesmo você não sendo cheio de problemas ou algum tipo de louco. Não fazendo meu tipo. Eu te amo. Tá lendo? Dê valor nisso. De verdade, caralho.
ah, só mais uma coisa. Não tenha medo.
Esse texto só foi um pretexto. E uma indireta.

Das coisas que eu não pensei hoje

Hoje eu não quis sair de casa. Mas coloquei uma roupa bonita.
Pensei naquele que foi embora. Nada mais pode me atingir hoje.
Louça lavada, cama arrumada. Nada aconteceu, continuam lá.
Um gato também me arrancaria suspiros. Pare de cantar minha vida, engenheiros.
Hoje as coisas estão retas, sabe?
Até desliguei o telefone. Não gosto de dar tchau pra ônibus, nem de quem faz amor de meia.
Eu não pensei em você
Eu cansei de você. E cansei de novo. E de novo. Já perdi a conta de quantas vezes me cansei de você. Agora cansei de cansar. To sempre indo e voltando. Não sei se você voltou alguma vez. Mas sei que foi em muitas.
Eu te conheci no Carnaval, lembra? Eu não. Só sei que você tinha aquele cabelo comprido que te deixa feio. E que eu tinha um melhor amigo morto de ciúmes. Olha, tá pra fazer um ano. Um ano de nada. Só uma coleção de pequenas raivas, que juntas me dão um bom motivo pra te matar. E eu nunca tive coragem de dizer, que eu sempre perdoei. Você me atrai, queria saber qual o segredo de nunca ficar triste, nervoso. Qual o motivo de tanto riso. Ou pra que essa banca de idiota? Não sabe tudo que eu tive que fazer, tudo que eu tive que perdoar. Isso continua sendo nossa mentira favorita ou já tá valendo? Já posso acreditar? Dez dias antes de você ir embora? Sim, eu te amo, de verdade e faz tempo. Não faz essa cara de assustado. Mentira tem perna curta. Se eu tivesse atendido o telefone naquele dia dos namorados, como teria sido? Hoje você ainda teria me apresentado pra tua mãe como sua futura namorada? Eu quero um filho, sim. E quero te levar pra casa pra cuidar dessa tua saúde, e fazer você parar de beber.
Poderia até dar certo. Mas você não presta. E eu não quero tentar.
Troco amor por algo mais real, pode ser uma lata de leite condensado.
Deixa eu te contar o que eu sonhei. Mas... se eu contar não se realiza, não é?
Quando disse que era pra ficar ali... pra sempre. Eu só sai pra buscar as malas, juro.
Mas acho que me perdi no meio do caminho. Também, só te conhecia a menos de uma semana e era a terceira vez na sua casa.
Desculpa. Desculpa por ter te estragado. Desculpa ter ido embora sem ter falado tchau. Mas você não atendeu o telefone. Desculpa se fiquei com outro, mas desconsidere, eu tava bebada, com raiva. E já tava ficando com medo e só sente medo quem ama, eu já tava querendo ficar lá, queria deitar naquela rede e dormir até segunda. Ia gostar de você por mais três dias. Eu queria ter gravado teu número.
Gostava do jeito que dançava e odiava suas tatuagens. Tá ouvindo essa música? Eu ouvi enquanto voltava e lembrei de você.
Como sempre eu moro longe de mais pra mudar a sua vida. Você me disse isso, eu senti vontade de pegar minha faca. Tira esse sorriso falso de quem me perdoou. Nem pode ter doido tanto, você nem sabe meus filmes preferidos. E eu só cantei cachorro grande que era pra você não dormir.
E eu sou tão errada que tudo que eu faça se transforma em merda. Eu que nem te amo. Foi mal.