"Minha tia perguntou-me, há dias, o que eu pretendo do futuro. Levei a serio a pergunta, mas não respondi. Agora medito: O que será que eu pretendo mesmo? Não sei. Todas as minhas amigas pretendem casar-se e ter filhos. Não sei se isso me bastará. Não pretendo ter filhos porque não quero me fincar na vida, não quero compromissos com este mundo. Fico pensando: O que será que vai me entusiasmar neste mundo? Amor? Será? Pode ser. Mas se está vida continuar nesta chatice vou desertar aos quarenta anos. Não vou ficar velhinha numa cama esperando a morte, vou desaponta-lá.
Que noites meu Deus. Para que tantas estrelas, por que tantas? Fico afogada de melancolia. Que falta me faz alguém que me entenda, que me saiba, que possa ficar do meu lado quieto, calado, entendendo tudo, sentindo igual. Que não diga palavras tolas sobre as estrelas, que não diga nada, mas que saiba dizer coisas belas se quiser. Ah! que afogamento. Que desamparo. Que mundo grande tão sem sem gente. No entanto sei que existem pessoas que me entenderiam que me entenderiam até no silêncio. Mas ... onde?"
A ciclotímica -Vera Brant
" Há um deus maligno que zomba de todas as convenções, entra e derruba todos os projetos... Se mademoiselle amar um dia, estou certo de que não há de ser nenhum dos noivos apresentados por seu pai... Será alguém que lhe fará mudar as ideias sobre o casamento... e quando der por isso já será tarde..."
(John, chauffeur russo - Max Du Veuzit)
"_Nós poderiamos ser amigos sabe?
_Nós poderiamos ser expecimes raras de uma raça exótica de elefantes africanos dançarinos. Mas não somos, bom, pelo menos eu não sou."
(trecho do livro Coraline -acho que é assim que escreve-(esqueci o nome do autor, mais o livro e muito bom))

Liberta quae será tamém

Não fiz nada de importante que mereça nota, mais se você quer mesmo saber...
Tenho ideias, sonhos, planos,como qualquer pessoa normal, não consigo seguir meus próprios conselhos. Se precisar da minha ajuda terei frases prontas pra te dar. Tenho medo da morte, mas não da morte em si, tenho medo de morrer agora e perder tudo que está por vir.
Apesar de todas as minhas brigas com o mundo machista em que vivemos,no fundo, no fundo, eu sou igual a todas as mulheres, querendo um homen como se quer a um corrimão onde se pode apoiar. Mas pretendo mudar isso.
Descobri que o ser humano é um lixo e descobri também que eu sou um ser humano. Um dos meus desejos mais sercretos, deve ser o de querer descobrir um dia que eu não pertenço a essa raça de egoístas imaturos.
Tenho problemas demais, e ainda me preocupo com os dos outros.Consigo riri de piadas idiotas, e chorar por filmes tolos. A liberdade é o sentimento mais ilusório que o ser humano pode ter, ninquém nunca a terá e deve ser exatamente por isso que eu a amo.
Tenho um grande amor por alguém, ou talvez assim eu imagina. Amo muitas pessoas mas não consigo acreditar e confiar nelas. Não minto para elas, mas também não conto tudo. Pode parecer maluco e previsível vindo de mim, mais eu tenho fé em ideologias utópicas. Como diria o ditado cretino:" A esperança é a última que morre", eu ainda tenho esperança na humanidade.
(texto de uma redação escolar com o tema: "Minha autobiografia")